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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sobre os Libertários


O que é ser libertário?

O libertário, antes de tudo é um anarquista, pois as palavras são absolutamente sinônimas. Em nossos dias a palavra libertários vem sendo usada por neoliberais, que fugindo da raiz epistemológica dão outro significado a palavra, e a palavra acaba ganhando um sentido totalmente afastado de seu sentido original.
A palavra libertários foi cunhada por anarquista no século XIX, com sentido de liberdade anárquica. Então a palavra não tem nada a ver com livre mercado e coisa do tipo, se alguém usar a palavra como sinônima de livre mercado ele está bem equivocado.

O que quer um libertário?

Um libertário é um espírito livre, defensor dos ideais anarquistas e que por conseguinte aspira à queda do capitalismo e do Estado.
Um libertário, ao contrário do que pensam e querem, não foge do capitalismo para floresta e vive como um eremita, um libertário não acredita que esse seja o melhor caminho. O caminho da fuga é o caminho da covardia, e não ajudaria em nada uma fuga para a floresta. Se ficarmos temos a chance de mudar alguma coisa, nem que essa coisa seja minúscula, mas se fugirmos não irá contribuir em nada, nem mesmo para nós. Então um libertário é aquele que permanece no campo de batalha e luta, mesmo que seja micro-lutas, uma verdadeira petit marronage, mas ele permanece e almeja a liberdade e igualdade de direitos para todos.

Qual a religião de um libertário?

A religião de um libertário pode ser qualquer uma, ou nenhuma, pois não existe uma imposição religiosa. Cada um pode ter sua fé ou não. Somos contra o mercado da fé, mas não contra a fé, somos contra a venda de Deus e de milagres.
Minha opinião sobre religião:
A religião tem sido parceira de crime junto ao Estado, este que é “laico”. Desde os primórdios o Estado e a Igreja têm feito inúmeras barbáries.
Na Idade Média o cristianismo, através da ICAR, teve o mundo em suas mãos. A sociedade se tornou objeto manipulável do cristianismo; os costumes, a cultura, comportamentos e a política tornaram-se monopólio da santa Igreja. Tudo era ditado pela ICAR, o mundo tornou-se sombrio e sem esperança, uma verdadeira época negra. A Idade Média foi à prova que quando a religião chega ao poder a sociedade decai e a humanidade retrocede.
A filosofia medieval se limitou a tratar de dogmas e normas da fé. A escolástica tentou conciliar a fé com a razão através das idéias de Aristóteles, adicionando idéias pagãs ao cristianismo. Na ciência muito pouco se fez para o desenvolvimento da mesma. E os que arriscaram fazer algo pela ciência saíram fortemente refreados e tratados como concorrentes, quando não foram queimados e torturados pela Santa Inquisição.
Foi no século XVI, na ruptura com o velho mundo, que o mundo começou a sair das trevas. Apesar de até o século XVII, o cristianismo permanecer ainda impregnado em toda camada social, o mundo estava um pouco mais livre. Nós ainda hoje lidamos com o cristianismo e sua influencia em todos os meios, mas estamos avançados em relação a épocas tão negras e continuamos avançando rumo a um mundo mais livre, onde a razão impere.
Intelectuais do século XVI e XVII, como Dante (divisor do mundo medieval e moderno), François Rabelais (considerado precursor do ateísmo moderno por alguns historiadores), Petrarca (criador do lirismo e pai do humanismo) e Giovanni Boccácio (Autor de Decameron, obra censurado por 300 anos) deram luzes e lançaram fundamentos para um novo mundo. E percebemos que de acordo com o a sociedade vai se afastando do fundamentalismo religioso o mundo vai se tornando mais humano. Hoje somos menos religiosos do que antes, conseqüentemente mais livres. Apesar de existir ainda os ditos fundamentalistas, eles estão se extinguindo dia-a-dia e as religiões que persistem são as mais liberais.
A idéia de Deus, eu acredito que não desaparecerá tão cedo, mas acredito que ira cada vez mais tomar caminhos totalmente opostos ao cristianismo. Cada vez mais a idéia de um Deus inoperante toma forma. O deismo, panteísmo e religiões como o budismo terão ainda sua chance de continuar por um longo tempo, mas também vão acabar por desaparecer pelo motivo de se tornar desnecessária. No futuro A arte vai substituir a religião como sedativo de espírito e a filosofia vai substituir a religião como guia moral.

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