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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Kwanzaa, resistência cultural






No final de dezembro, o consumismo está em alta. Os cristãos celebram o questionável nascimento de Jesus, apesar de que a figura dele vem sendo trocada pela figura do bom velhinho. Apesar da figura de Jesus aparecer como um pré-anarquista (Mesmo com certas Controvérsias, vamos observar o cristo em seus aspectos mais morais), os seus seguidores comemoram a data com tudo aquilo que Jesus não iria gostar que fizessem. Os judeus celebram o Chanucá, que é a celebração da recuperação do templo sagrado em Jerusalém. Esses feriados são celebrações onde as famílias e os amigos se juntam para compartilhar comida e presentes. As pessoas que são de descendência africana também têm sua própria celebração em dezembro, onde elas se juntam com seus familiares para reafirmar-se com a família e a cultura, compartilhando a comida e trocando presentes. Ela é chamada de Kwanzaa, ela é antes de tudo uma criação muito nova que, nasceu com intuito de resistir à aculturação ocidental e vem crescendo a cada ano.

A história do Kwanzaa


O Kwanzaa começou há poucas década e possui raízes nas antigas celebrações afros. “O nome “Kwanza” vem da língua dos bantos, que significa literalmente “os primeiros frutos”. Foi Dr. Maulana Karenga, ativista dos direitos civis que sugeriu o Kwanzaa em 1966, em um momento onde os afro-americanos lutavam por seus direitos que estavam sendo massacrados. Para Dr. Karenga o Kwanzaa seria uma forma de conexão com a tradição africana que havia sido arrancada deles através da aculturação do homem branco. A data escolhida foi dia 26 de dezembro a 1º de janeiro para coincidir com os feriados judeus e cristãos, criando assim um sincronismo e resistência ao feriado capitalista-cristão.

Sete Princípios do Kwanzaa

Os sete princípios foram criados pelo Dr. Karenga, baseados nos ideais das colheitas dos primeiros frutos. Os sete princípios são representados por sete velas. As velas são vermelhas, verdes e pretas, cores que simbolizam o povo africano e sua luta. Os princípios são:
·        umoja (oo-MOE-jah): união
Estar unido como família, comunidade e raça;
·        kujichagulia (koo-jee-cha-goo-LEE-ah): auto-determinação
Responsabilidade em relação a seu próprio futuro;  
·        ujima (oo-JEE-mah): trabalho coletivo e responsabilidade
Construir juntos a comunidade e resolver quaisquer problemas como um grupo;
·        ujamaa (oo-JAH-mah): economia cooperativa
 A construção e os ganhos da comunidade através de suas próprias atividades;
·        nia (nee-AH): propósito
 O objetivo de trabalho em grupo para construir a comunidade e resistir a aculturação;
·        kuumba (koo-OOM-bah): criatividade
Usar novas idéias para criar uma comunidade mais bonita e mais bem-sucedida;
·        imani (ee-MAH-nee):
Honrar os ancestrais, as tradições e os líderes africanos e celebrar os triunfos do passado sobre as adversidades.
Referências: Monica Souza e Portal Gelédes 

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